• Aborto

    Interrupção da gravidez. Distingue-se dois tipos de aborto/abortamento: espontâneo e induzido. O aborto espontâneo ocorre naturalmente como consequência de anomalias genéticas ou do desenvolvimento do feto. O aborto induzido refere-se à interrupção da gravidez provocada por métodos cirúrgicos ou medicamentosos. O aborto induzido poderá ser efetuado por razões médicas (interrupção médica de gravidez) ou por desejo da grávida (interrupção voluntária da gravidez) nos devidos enquadramentos legais. 

  • Abstinência

    Em reprodução, refere-se à privação voluntária de relações sexuais.

  • Acrossoma

    O acrossoma é uma vesícula exocítica, constituída por uma dupla membrana, que provém do complexo de Golgi. Esta vesícula localiza-se na parte anterior da cabeça do espermatozoide, o que favorece a sua função: a exocitose de enzimas hidrolíticas para a zona pelúcida do oócito. A reação acrossómica, isto é, a libertação das enzimas hidrolíticas do acrossoma, permite que haja degradação da zona pelúcida do oócito, permitindo que o gâmeta masculino penetre e que ocorra a fusão das membranas dos gâmetas opostos, ocorrendo assim a fertilização. 

  • Activina

    A activina é uma proteína responsável pela regulação de numerosas funções celulares, incluindo a produção e libertação de uma hormona reprodutiva denominada hormona folículo-estimulante. A ativina é produzida na maioria dos órgãos e controla a proliferação e diferenciação celulares. A deficiência desta proteína resulta em deficiências profundas e precoces no desenvolvimento. A ativina é regulada por uma proteína relacionada denominada inibina. A ativina e a inibina controlam a reprodução e um desequilíbrio em qualquer uma destas hormonas pode resultar em infertilidade, no homem e na mulher.  

  • Adeno-hipófise

    A adeno-hipófise ou hipófise anterior compreende o lobo anterior da hipófise e faz parte do sistema endócrino. Contém diferentes tipos celulares que produzem seis hormonas: ACTH ( Hormona Adrenocorticotrópica), FSH (Hormona folículo Estimulante), LH (Hormona Luteinizante), PRL (prolactina), GH (hormona de crescimento) e TSH (Hormona Estimulante da Tiroide). Estas hormonas são fundamentais para o equilíbrio metabólico intervindo em processos fisiológicos essenciais e também na reprodução. 

  • Afrontamentos

    Sintomas comuns na menopausa caracterizados por uma sensação de aumento súbito da temperatura corporal, aumento da frequência cardíaca e aparência ruborizada da face. Os afrontamentos ocorrem com grande frequência na fase inicial da menopausa, desde algumas vezes por semana até múltiplos por dia. Embora a maioria das mulheres experimente algum grau de afrontamentos durante a menopausa, é possível entrar na menopausa sem sentir afrontamentos.  

  • Agonista

    Em endocrinologia, um agonista é uma substância química ou hormona capaz de estimular uma célula de forma similar a outra hormona. Geralmente, um agonista atua como imitador de hormonas e liga-se ao mesmo recetor utilizado por essa hormona.  

  • Amenorreia

    Ausência de menstruação durante mais de seis meses numa mulher anteriormente com ciclos menstruais normais. Numa mulher com desenvolvimento sexual normal e ausência de primeira menstruação depois dos dezasseis anos classifica-se como amenorreia primária.  

  • Amniocentese

    Técnica de diagnóstico pré natal que permite a deteção de anomalias cromossómicas utilizando uma amostra de líquido amniótico para obter o cariótipo do feto. O líquido amniótico envolve o feto dentro do útero. A amniocentese é habitualmente realizada depois das 16 semanas de gestação.  

  • Âmnios

    O âmnios é uma membrana constituída por uma simples camada de células epiteliais e uma fina lâmina de tecido subjacente, com uma espessura total que não excede meio milímetro. Embora fina e transparente, é relativamente resistente. Tem origem na ectoderme, forrando toda a cavidade onde se encontra o feto, o cordão umbilical e o líquido amniótico. Reveste exteriormente o cordão umbilical, confundindo-se a nível do umbigo com a pele do feto. Durante a expansão da cavidade amniótica o âmnios adere ao córion, sendo, contudo, separável deste em qualquer momento da gestação. O âmnios está presente na altura do nascimento na maioria das espécies.  

  • Ampola

    A trompa de Falópio divide-se em três partes. A ampola é a zona média, sendo a zona onde mais frequentemente ocorre a fecundação.  

  • Anafase

    Os processos de divisão celular, denominados mitose e meiose, possuem diversas fases, em que uma destas se denomina anafase. Nesta fase da divisão celular, os cromossomas que se encontram alinhados na zona equatorial ascendem para os polos opostos. Esta ascensão é realizada pela contração dos microtúbulos do fuso acromático (ou fuso mitótico/meiótico). Na meiose, a anafase I permite a separação dos cromossomas homólogos, dando origem a duas células haploides. No processo mitótico e na anafase II (meiose), ocorre separação dos cromatídeos, que estariam ligados pelo centrómero. Esta separação permite que cada célula originária da divisão celular possua o mesmo número de cromossomas.  

  • Androgénios

    Os androgénios são uma classe de hormonas esteroides produzida nos testículos, glândula suprarrenal e ovários. No homem, os androgénios são essenciais para o desenvolvimento e manutenção dos órgãos sexuais e das características sexuais secundárias. Na mulher, os androgénios são precursores dos estrogénios.  

  • Aneuploidia

    A aneuploidia é um tipo de anomalia cromossómica. É caracterizada por um número anormal de cromossomas numa dada célula, isto é, o cariótipo de uma dada célula pode ter cromossomas a mais ou estar algum dos cromossomas em falta e não ser o normal (22 pares + cromossomas sexuais). A aneuploidia pode ser causa de erros na divisão celular (meiose) e pode levar a consequências como os conhecidos defeitos genéticos. Das aneuploidias mais conhecidas, salientam-se as trissomias, como por exemplo a trissomia do cromossoma 21 (conhecida como o Síndrome de Down) e as monossomias, como o Síndrome de Turner, em que falta um dos cromossomas sexuais. No caso dos gâmetas femininos, as aneuploidias podem levar a infertilidade, a abortos e defeitos no recém- nascido. As aneuploidias são diagnosticadas através da análise do cariótipo ou outros testes genéticos. 

  • Anovulação

    Ausência de ovulação, ou seja ausência da libertação do ovócito do ovário. Poderá ser fisiológica antes da puberdade, na amamentação ou depois da menopausa. Poderá estar associada a patologias do ovário, da hipófise ou do hipotálamo. A anovulação crónica é responsável por cerca de 30% dos casos de infertilidade feminina, sendo a sua causa mais comum o síndrome dos ovários poliquísticos.  

  • Ânus

    Define a porção terminal do trato gastrointestinal, no extremo oposto à boca. Controla a expulsão de fezes do corpo.  

  • Apoptose

    O processo pelo qual ocorre morte celular programada denomina-se apoptose. Este processo ocorre de forma natural, de modo a promover a homeostase celular, sendo induzido tanto por estímulos extrínsecos à célula (como o contacto com radiação UV) como intrínsecos (em caso de desregulação da homeostase celular), tendo como consequência a destruição benigna da célula (sem que ocorra inflamação). Na apoptose estão interligadas diversas vias com o intuito de ser um processo extremamente regulado, que o distingue da necrose. Os aspetos celulares mais conhecidos da apoptose são: formação de corpos apoptóticos (bebbling), redução do tamanho da célula, fragmentação do núcleo e fragmentação do ADN.  

  • Apresentação pélvica

    Situação longitudinal do feto na qual a cabeça do feto se encontra no pólo superior do útero. 

  • Armazenamento de tecido ovárico

    É o processo em que um ovário (ou parte de um ovário) é removida cirurgicamente e a porção exterior (córtex), que contem os ovócitos, é criopreservada para utilização posterior. Nas mulheres que são sobreviventes de alguns tipos de cancro, alguns fragmentos de tecido podem ser descongelados e autotransplantados. Já existem algumas gravidezes resultantes da utilização desta técnica. O transplante pode não ser seguro após alguns tipos de cancro (por exemplo, leucemia) por causa do risco de disseminação do cancro primário. O Oncofertility Consortium ® pesquisa ativamente novas formas de utilização deste tecido. As técnicas são ainda experimentais, mas podem ser a melhor opção para a mulher que deve iniciar seus tratamentos imediatamente.  

  • Aromatase

    A aromatase é a enzima-chave responsável pela produção de estrogénios. Esta enzima atua acelerando a conversão da testosterona, um androgénio, em estrogénios. Os estrogénios demonstraram promover o crescimento de alguns tumores da mama. Os inibidores da aromatase podem diminuir os níveis de estrogénios e são utilizados no tratamento do cancro da mama e de outras doenças.  

  • Astenospermia

    Astenospermia é o termo médico para uma condição na qual os espermatozoides têm uma motilidade reduzida - a capacidade de nadar ou de se mover. Fatores genéticos, idiopáticos e iatrogénicos podem resultar nesta condição. Embora a infertilidade masculina seja mais frequentemente atribuída a uma baixa contagem de espermatozoides, ter esperma com motilidade deficiente pode levar a infertilidade, porque, uma vez ejaculado, o esperma deve ser capaz de viajar através da vagina, colo do útero e útero antes de alcançar as trompas de Falópio , onde a fertilização terá lugar. Para superar a infertilidade devido a astenospermia , podem ser usadas tecnologias de reprodução assistida , como a injeção intracitoplasmática de espermatozoides.  

  • Aterosclerose

    Doença inflamatória crónica caracterizada pela formação de ateromas dentro dos vasos sanguíneos. Os ateromas são placas, compostas especialmente por lípidos e tecido fibroso, que se formam na parede dos vasos. O volume dos ateromas aumenta progressivamente, podendo ocasionar obstrução total em algum ponto do vaso.  

  • Ativação do oócito

    A ativação do oócito refere-se a uma série de eventos que acontecem no gâmeta feminino durante a fertilização pelo espermatozoide. Uma das alterações é o grande efluxo de cálcio, que é ativado pela fosfolipase C (uma proteína que se localiza no citoplasma do espermatozoide). O efluxo leva à indução das vias de sinalização e a eventos como o reinício da meiose, ao bloqueio da polispermia (de outros espermatozoides), à ativação do metabolismo, à síntese de ADN e à tradução de mRNAs necessários para o desenvolvimento embrionário.  

  • Atrésia

    Abordando as células germinais, a atrésia é a morte celular destas mesmas células, antes da formação do folículo. A apoptose é a via de morte preferencial neste processo, podendo haver casos é que é substituída por outros processos como a autofagia.  

  • Atrésia folicular

    A degeneração de folículos ováricos antes da maturação dos mesmos ser atingida é conhecida como atrésia folicular. Durante a fase folicular do ciclo menstrual, ocorre a degeneração de folículos imaturos e a sua reabsorção. Esta morte folicular pode ocorrer em qualquer estádio da foliculogénese, sendo necessária para manter a saúde reprodutiva na mulher.  

  • Atrofia vaginal

    Atrofia vaginal é o adelgaçamento e a inflamação das paredes vaginais devido à diminuição dos níveis de estrogénios. Esta condição ocorre tipicamente após a menopausa, mas pode também ocorrer noutras circunstâncias em que os níveis de estrogénios são baixos. Os sintomas incluem relações sexuais dolorosas, ardor vaginal, secura, dor ao urinar e infeções do trato urinário.  

  • Autofagia

    A autofagia é um processo fundamental para o bom funcionamento da célula, onde ocorre a degradação enzimática de organelos, proteínas e outros componentes, utilizando os próprios lisossomas. A autofagia permite a reutilização dos produtos da degradação necessários para outros organelos da célula. O jejum prolongado é uma das condições mais conhecidas que induz este processo. No entanto, quando ultrapassa um certo limiar, a autofagia pode mesmo induzir a morte celular autofágica ou programada.  

  • Autossoma

    Os autossomas são os 44 cromossomas somáticos (do par 1 ao 22)que constituem o cariótipo humano, que não estão ligados ao sexo, ou seja onde não estão incluídos o cromossoma Y e o cromossoma X (2 cromossomas sexuais ou heterocromossomas). Os autossomas são os cromossomas comuns tanto ao sexo feminino como ao masculino.  

  • Azoospermia

    Azoospermia é o termo médico para uma condição em que nenhum espermatozoide está presente no sémen o que pode resultar de fatores genéticos, idiopáticos e iatrogénicos, condicionando infertilidade. Existem dois tipos de azoospermia: obstrutiva, que se refere a problemas no transporte dos espermatozoides dos testículos até ao pénis, e não-obstrutiva , que se refere a defeitos na produção de espermatozoides. Dependendo do tipo de azoospermia , certas tecnologias de reprodução assistida, como a TESE e ICSI , podem ser utilizadas para ajudar um homem com esta condição conceber.
     

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